Lista das possíveis dúvidas e contradições ocorrentes nos livros de 1° e 2° Samuel.

terça-feira, 29 de julho de 2008

Dúvidas e “contradições” de 1 e 2 Samuel.

Segue-se abaixo uma lista das possíveis duvidas e supostas contradições ocorrentes nos livros de 1 e 2 Samuel. A lista esta organizada em ordem de versículos.

1 Samuel 6:19 – Por que Deus infligiu sobre o povo de Bete-Semes um juízo tão severo por eles simplesmente terem olhado para dentro da arca?

O Senhor feriu o povo com esse juízo por terem eles cometido um terrível sacrilégio contra Deus. A arca da aliança era um símbolo da própia presença de Deus entre seu povo. A regulamentação referente à arca e a como ela deveria ser manejada era de natureza restrita por causa da santidade de Deus e da pecaminosidade do homem (Êx 25:10-22; 26:32-34; 37:1-9). Um ato assim tão iníquo, de desrespeito à santidade de Deus, certamente merecia o repentino e terrível juízo de Deus.

1 Samuel 8:7-9 – Como pôde Deus condenar o pedido feito por Israel para que fosse constituído um rei, quando em Deuteronômio 17 o Senhor havia dado as regras para a escolha de um rei?

O contexto de 1 Samuel 8 mostra-nos que tanto a motivação como o método na busca de um rei foram incorretos. Em primeiro lugar, o motivo pelo qual eles queriam um rei não era certo. No primeiro versículo do capítulo 8 lemos que Samuel já tinha envelhecido, quando constituiu seus filhos por juízes em Israel. Entretanto, os filhos de Samuel não se comportaram de forma correta aos olhos de Deus. Quando o povo foi até Samuel, pedir que ele lhes constituísse um rei, não foi porque quisessem ter um homem de Deus reinando sobre a nação, mas porque queriam que um homem reinasse sobre eles. Eles consideraram erroneamente como os atos de Samuel a administração que Deus vinha operando através dele.

No dia em que Saul foi escolhido, Samuel lembrou o povo de que foi Deus quem os livrara de todos os males, e disse-lhes: “Mas vós rejeitastes hoje a vosso Deus, que vos livrou de todos os vossos males e trabalhos...” (1 Sm 10:19). Eles ignoraram completamente o fato de que Deus quem os protegia e sobre eles reinava, e não Samuel ou qualquer rei humano que este constituísse. Conseqüentemente, não era a Samuel que eles estavam rejeitando, mas sim Deus.

Em segundo lugar, eles erram não buscando ao Senhor no que diz respeito ao rei que governaria Israel. Não se preocuparam em pedir a direção a Deus. Eles simplesmente pediram a Samuel que lhes constituísse um rei. Quando os anciãos de Israel foram até Samuel, eles disseram: “Constitui-nos, pois, agora, um rei sobre nós, para que nos governe, como o têm todas as nações” (1 Sm 8:5). Entretanto, segundo Deuteronômio 17:15 Deus determina especificamente que o povo estabeleceria um rei, “aquele que o Senhor... escolher”.

O pedido feito pelo povo denuncia sua total desconsideração quanto à participação de Deus no processo da escolha. Na verdade eles rejeitaram a Deus como seu rei e Ele não se agradou disso porque não buscaram um homem de Deus, nem pregaram o método de Deus.

1 Samuel 13:5 – Como é que os filisteus poderiam ter um exército de 30.000 carros?

Trata-se de um provável erro introduzido nos manuscritos pelos copistas. É realmente bastante improvável que a relação entre cavaleiros e carros tenha sido esta: de 6.000 cavaleiros para 30.000 carros. É bem mais provável que os manuscritos originais tenham registrado um número de 3.000 carros. Isso faria com que a relação se torna-se bem mais provável, ou seja, 6.000 cavaleiros para 3.000 carros, ou dois cavaleiros para cada carro. O fato é que no hebraico os números 30.000 e 3.000 são muitos e, por isso, é bastante provável que algum copista simplesmente tenha se equivocado. Daí a dificuldade de se ter o número correto.

1 Samuel 15:2-3 – Por que Deus destruiu os amalequitas?

Os amalequitas estavam longe de ser inocentes. De fato, eles eram totalmente depravados, além do que desejavam destruir Israel. (v. 2), que era o povo escolhido de Deus, o canal de seus planos redentores para toda a humanidade (Gn 12:1-3). A destruição deles se fazia necessária pela gravidade do seu pecado. Em caso contrário, algum remanescente de coração endurecido poderia surgir e retomar a sua odiosa disposição contra o povo e os planos de Deus.

Quanto à questão das crianças inocentes, algumas observações são relevantes. Primeiro, todos nós nascemos em pecado (Sl 51:5) e merecemos a morte (Rm 5:12). Um dia, todos seremos tomados por Deus através da morte – é apenas uma questão de tempo (Hb 9:27). Segundo, Deus é soberano sobre a vida e reserva para si o direito de tomá-la quando quiser (Dt 32:39; Jó 1:21). Terceiro, todas as crianças que morrerem antes da idade da responsabilidade são salvas ( 2 Sm 12:23). Por tanto, o ato pelo qual Deus tirou a vida das crianças está longe de ser um ato caracterizado por falta de misericórdia.

1 Samuel 15:11 – Como Deus pôde dizer que se arrependeu de ter constituído Saul rei sobre Israel?

A afirmação que Deus fez a Samuel não significa que o Senhor tenha cedido a alguma coisa ou mudado de idéia. Ele estava expressando um profundo e emotivo pesar pelo fracasso de Saul e pelo problema que viria sobre Israel. Deus escolheu Saul como rei de Israel para realizar certas tarefas para as quais ele possuía todas as condições. Lamentar alguma ação que deve ser tomada é uma experiência que todos nós já tivemos. Deus na verdade não muda de idéia (veja os comentários de Êxodo 32:14), mas sente profunda tristeza pelas coisas que as pessoas fazem.

1 Samuel 16:1ss – Deus compeliu Samuel a mentir?

O que primeiro temos a observar em resposta a este problema é que as duas situações não são iguais. No caso de Abraão, a assim chamada “meia verdade” era uma mentira por inteiro, porque a pergunta que lhe fizeram foi: “Sara é sua mulher?” E a respostas que ele realmente deu foi: “Não. Ela é minha irmã”. Com esta resposta, Abraão distorceu intencionalmente os fatos da situação, o que é uma mentira.

O caso de Samuel foi diferente. A pergunta que lhe fizeram foi “Por que você veio a Belém?” E sua resposta foi: “Vim para sacrificar ao Senhor” (1 Sm 16:2). Isto era verdade no que diz respeito aos fatos, ou seja, ele estava ali por aquele motivo, e foi isso que ele fez. O fato de que ele tinha outro propósito na sua ida àquele lugar não está diretamente relacionado com a pergunta que lhe foi feita nem com a resposta que ele deu, como no caso de Abraão. É claro que, se lhe tivessem perguntado: “Você tem algum outro propósito nesta sua vinda aqui?”, então ele teria tido que render-se à verdade. Se em resposta ele dissesse: “Não”, isso seria uma falsidade.

Em segundo lugar, a dissimulação e o engano não são a mesma coisa. Samuel certamente encobriu um dos propósitos da sua missão pra assim salvar a sua vida (1 Sm 16:2). Nem sempre é necessário (e até mesmo possível) dizer toda a verdade. O fato de Deus ter dito a Samuel que ocultasse para um dos propósitos da sua visita, para evitar que o matassem, não quer dizer necessariamente que ele tivesse de mentir. Não contar uma parte da verdade e contar uma inverdade não são necessariamente a mesma coisa. Segredo e ocultação não são o mesmo que engano e falsidade.

1 Samuel 18:1-4 – Davi e Jônatas eram homossexuais?

Não há indicação alguma nas Escrituras de que Davi e Jônatas tenham sido homossexuais. Pelo contrário, há uma forte evidência de que não eram. Antes de mais nada, a atração de Davi por Bate-Seba (2 Sm 11) revela que sua orientação sexual era heterossexual, não homossexual. Como efeito, a julgar pelo número de mulheres que Davi teve, ele parecia ser heterossexual até demais.

Depois, o “amor” de Davi por Jônatas não era o amor sexual (erótico), mas sim o amor da amizade (o amor “phileo”). É comum nas culturas orientais homens heterossexuais expressarem amor e afeição um para o outro.

Ainda, Jônatas era não se despiu completamente na presença de Davi. O texto diz que ele apenas tirou a armadura e a capa que vestia (1 Sm 18:4) para dá-las a Davi, como um símbolo de seu profundo respeito e compromisso com ele.

Podemos acrescentar também que o “beijo” era uma forma usual de os homens se cumprimentarem naqueles dias. E ainda, o fato de eles se cumprimentarem beijando-se um ao outro (1 Sm 20:41) é descrito dois capítulos e meio depois daquele que relata que Jônatas deu a capa e a armadura a Davi.

Finalmente, a emoção que expressaram foi choro, e não orgasmo. O texto diz: “beijaram-se uma ao outro e choraram juntos, Davi, porém, muito mais” (1 Sm 20:41).

1 Samuel 18:10 – Como Deus, sendo bom, poderia enviar um espírito maligno a Saul?

Por ser Deus absolutamente soberano, as ações de qualquer espírito maligno estariam sujeitas à autoridade dele. Portanto, foi sob a permissão sua que o espírito atormentou Saul. Este havia rejeitado a Deus, e o Senhor o rejeitara como rei. Deus tinha uma razão especial para permitir que aquele espírito incitasse a agir contra Davi. Ao tentar matá-lo, o rei percebeu que o Senhor estava com Davi. Por fazê-lo ir à guerra contra os filisteus, Saul inadvertidamente fez com que a popularidade de Davi crescesse entre o povo, o que apressou sua própria queda. O envio do espírito maligno sobre Saul é semelhante ao caso de Jó, em que Deus permitiu que Satanás fosse afligi-lo com todos aqueles males. O Senhor permite o mal, mas sempre o usa para realizar seus propósitos.

1 Samuel 28:7ss – Como Deus pôde permitir que a feiticeira de En-Dor tenha feito Samuel subir de entre os mortos, já que Deus condena a necromancia?

Várias possíveis soluções têm sido apresentadas a este caso de En-Dor. Três delas são aqui apresentadas, resumidamente.

Primeiro, alguns crêem que a feiticeira operou um milagre por meio de poderes demoníacos e de fato trouxe Samuel dos mortos. Como justificativa, citam passagens que indicam que os demônios têm o poder de realizar milagres (Mt 7:22; 2 Co 11:14; 2 Ts 2:9-10; Ap 16:14). As objeções a essa posição incluem o fato de que a morte é o fim (Hb 9:27); que os mortos não podem retornar (2 Sm 12:23) porque há um grande abismo colocado por Deus (Lc 16:24-27), e que os demônios não podem usurpar a autoridade de Deus sobre a vida e a morte.

Segundo, outros têm sugerido que na verdade a feiticeira não fez subir Samuel de entre os mortos, mas que foi simplesmente uma fraude. Para explicar isso, referem-se aos demônios que enganam as pessoas que tentam estabelecer contato com os mortos (Lv 19:31; Dt 18:11; 1 Cr 10:13) e argumentam que os demônios às vezes proferem o que é verdade (cf. At 16:17). As objeções a essa posição incluem o fato de que a passagem parece dizer que Samuel realmente voltou dos mortos, que a profecia de Samuel foi algo que veio a acontecer e que é improvável que demônios tenham proferido verdades de Deus, já que o diabo é o “pai da mentira” (Jo 8:44).

Uma terceira posição é que a feiticeira não fez subir Samuel de entre os mortos, mas Deus mesmo interveio na tenda para repreender Saul pelo seu pecado. As razões dessa posição são: (a) Samuel parece ter realmente voltado dos mortos (v. 14), mas (b) nem os homens nem demônios têm poder de trazer pessoas mortas (Lc 16:24-27); Hb 9:27); (c) até mesmo a feiticeira parece surpreender-se com o aparecimento de Samuel, provindo dos mortos (v.12); (d) esta passagem condena diretamente a feitiçaria (v.9), portanto é bem improvável que ela lhe desse crédito declarando que feiticeiros podem realmente trazer de volta pessoas mortas; (e) Deus às vezes fala em lugares insuspeitos por meios fora do comum (cf. a jumenta de Balaão, Nm 220; (f) o milagre não foi realizado pela feiticeira, mas apesar dela; (g) Samuel parece realmente aparecer provindo dos mortos, censurar Saul e proferir uma profecia verdadeira (v.19); (h) Deus condenou explícita e repetidamente o contato com os mortos (veja acima) e não contradiria isso, dando crédito à feitiçaria.

As maiores objeções a esta posição baseiam-se no fato de o que o texto não diz explicitamente que foi Deus quem realizou aquele ato sobrenatural e que a tenda de uma feiticeira seria um lugar bem estranho para ele operar algo assim.

2 Samuel 12:15-23 – Como poderia um Deus amoroso tomar a vida do filho de Davi, por causa do pecado deste?

Tirar a vida daquela criança não foi um juízo sobre ela, mas sobre Davi. A Palavra de Deus assegura-nos que a morte não é o fim. Esta passagem, em particular, indica que aquele filho de Davi foi levado ao céu pela sua morte (veja os comentários de 2 Samuel 12:23). Com isso, a criança provavelmente foi poupada de uma vida de tristezas e de problemas, por ser bastarda, nascida de um relacionamento ilícito de Davi com Bate-Seba.

A fé de Davi num Deus todo-poderoso é ilustrada claramente nos versículos 22 e 23. Enquanto a criança estava viva, Davi jejuou e chorou na esperança de que Deus graciosamente permitisse que ela vivesse.Entretanto, quando a criança morreu, Davi confiou na bondade de Deus para levá-la com ele ao céu, crendo que um dia ali se reuniriam.

2 Samuel 12:21-23 – Devemos orar pelos mortos?

Nada há nas inspiradas Escrituras que dê suporte à doutrina católica de se orar pelos mortos, para ficarem livres de seus pecados. Há forte evidência disso em muitas passagens. Primeiro, o único versículo que dá algum suporte a orações pelos mortos vem de 2 Macabeus, livro apócrifo do século II a.C., que a Igreja Católica Romana acrescentou à Bíblia no ano 1546 a.D., em resposta à Reforma, que condenava tais práticas.

Sendo, a doutrina de orações pelos mortos está ligada à doutrina não bíblica do purgatório. As orações têm o propósito de libertar as pessoas mortas desse local. Porém não há base alguma para a crença no purgatório.

Terceiro, em parte alguma de todos os livros inspirados da Bíblia pode-se encontrar um único caso de um santo ter orado para que algum morto fosse salvo. É certo que com toda a paixão com que muitos santos desejaram que seus queridos fossem salvos (cf. Rm 9:1-3), seria de se esperar que houvesse pelo menos um caso de alguém ter orado pelos mortos e obtido a aprovação de Deus.

Quarto, a Bíblia deixa bem claro, e de forma categórica, que a morte é o final e que não há esperança depois dela. O livro de Hebreus declara: “aos homens está ordenado morrerem uma só vez e, depois disto, o juízo” (Hb 9:27). Jesus falou, a respeito dos que o rejeitaram, que morrerão em seus pecados (Jo 8:21, 24), o que implica pecado.

Quinto, Jesus nos deu o exemplo em João 11, ao chorar pelos mortos e orar pelos vivos. Aproximando-se do túmulo do seu amigo Lázaro, “Jesus chorou” (v. 42).

Sexto, os mortos oram pelos vivos (cf. Ap 6:10), mas não há exemplo em toda a inspirada Palavra de Deus de vivos orando pelos mortos. Os santos martirizados, na glória, são descritos como orando por vingança sobre os ímpios (Ap 6:9). E como há alegria no céu por uma única alma que é salva na terra (Lc 15:10), não há dúvida de que há oração no céu pelos perdidos. Mas a Bíblia não deixa nem mesmo o menor vislumbre de esperança para quem quer que morra em seus pecados.

2 Samuel 12:23 – Os que morreram na primeira infância vão para o céu?

Há três posições com relação às crianças que morrem antes da idade da responsabilidade, isto é, antes de atingirem maturidade suficiente para responder moralmente por seus próprios atos.

Somente as crianças eleitas vão para o céu. Alguns calvinistas extremados acreditam que apenas as crianças da primeira infância que são predestinadas é que vão para o céu (Ef 1:4; Rm 8:29). As que não são eleitas vão para o inferno. Eles não vêem maiores problemas com respeito à predestinação de crianças como tão pouco vêem com a de adultos. Insistem que todos merecem o inferno, e que é apenas pela misericórdia de Deus que alguém é salvo (Tt 3:5-6).

Somente as crianças que viriam a crer vão para o céu. Outros declaram que Deus sabe o fim desde o princípio (Is 46:10) e sabe também o que é potencial bem como o que é real. Assim, ele sabe quais as crianças que teriam crido em Cristo, caso tivessem vivido. Argumentam que, caso contrário, haveria pessoas no céu que não teriam crido em Cristo, o que vai de encontro às Escrituras (Jo 3:36). Todas as crianças que Deus sabe que não teriam crido, caso tivessem tido uma vida mais longa, vão para o inferno.

Todas as crianças vão para o céu. Ainda outros crêem que todas as crianças que morrerem antes da idade da responsabilidade vão para o céu. Eles baseiam essa afirmação nas seguintes passagens. Primeiro, Isaías 7:16 refere-se a uma idade após a qual uma criança torna-se moralmente responsável: “antes que este menino saiba desprezar o mal e escolher o bem...”.

Segundo, Davi acreditava na vida após a morte e na ressurreição (Sl 16:10-11), de forma que ao referir-se ao dia em que se encontraria com o seu filho que morrera após o nascimento (2 Sm 12:23), deu a entender que aqueles que morrerem na primeira infância vão para o céu. Terceiro, o Salmo 139 fala de um feto como sendo uma criatura de Deus cujo nome está escrito no “livro” de Deus no céu (vv. 14:16).

Quarto, Jesus disse: “Deixar vir a mim os pequeninos, não os embaraceis, porque dos tais é o reino de Deus” (Mc 10:14), indicando assim que até mesmo as criancinhas estarão no céu. Quinto, alguns vêem suporte para a criança em anjos da guarda na afirmação de Jesus de que os “pequeninos” têm “seus anjos no céu” (Mt 18:10). Sexto, o fato de a morte de Cristo ter sido para todos faz com que as criancinhas possam ser salvas, até mesmo antes de crerem (Rm 5:18-19).

Finalmente, a afirmação de Jesus quanto àqueles que não sabiam que não eram moralmente responsáveis (Jo 9:41) é usada para dar suporte à crença de que há céu para aqueles que por ora não podem crer, muito embora não haja céu para aqueles que, tendo idade, recusam-se a crer (Jo 3:36).

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