3.2 - Livro de Jó

segunda-feira, 4 de agosto de 2008

1.1 – Livro de Jó

O livro de Jó trata de um dos maiores mistérios – o sofrimento. A pergunta que ressoa é por que Deus permite que os justos sofram? Jó é descrito como um homem perfeito e é despojado das riquezas, dos filhos e da saúde, suportando tudo com paciência.

Considerações gerais

Jó é o primeiro livro da terceira divisão do AT chamada pelo cânon cristão de Livros Poéticos. O livro de Jó foi assim chamado em homenagem ao seu herói, e não devido ao seu autor. A etimologia do nome Jó (hb. “Iyyob”) é um tanto incerta. A palavra poderia significar “estar em hostilidade”, enquanto a palavra árabe equivalente (“Awwagun”) sugere “arrependimento”, “recuo” ou “reparação”. William A. Ellisen deduz de escritos egípcios que o significado seja “Onde está o Pai” (“aba”). De acordo com a opinião de Stanley A. Ellisen em razão da história de Jó estar relacionada com a parte norte da Arábia é plausível presumir o significado árabe de “reparação” ou “arrependimento”.

Quanto a sua autoria

O autor do livro de Jó é anônimo, porém vários nomes são cogitados como possíveis autores: Jó, Eliú (Jó 32:16), Moisés, Salomão ou Jeremias.

O Talmude Judaico atribuiu a autoria deste livro a Moises, supondo que ele soube da história quando esteve em Mídia e redigiu ou compôs o livro sob inspiração divina. Com base na composição e no conteúdo de Eclesiastes, Salomão também é considerado o autor pelos rabinos e por vários outros eruditos.

A característica patriarcal e o fato de não mencionar a Lei Mosaico ou as intervenções divinas no êxodo são um argumento em favor de alguém que tenha vivido em tempos patriarcais.

Objetivos do Livro de Jó

· Mostrar como Deus geralmente usa a adversidade, bem como a prosperidade, para amadurecer o seu povo.

· Mostrar a grande soberania de Deus sobre Satanás, e como Deus pode usar os piores ataques do diabo para o cumprimento dos seus objetivos e o bem do seu povo.

· Mostrar a dinâmica da pessoa de Deus quando Ele se ocupa com o seu povo, não com regras mecânicas e legalistas, com infinita misericórdia e amor.

· Demonstrar a todo o universo a grande capacidade que Deus tem de reproduzir o seu amor nas pessoas a ponto de as suas reações serem a adoração, mesmo quando não entendem.

3.1 - Livros Poéticos

3.1 – Livros Poéticos

Esta divisão de livros do Antigo Testamento vem logo após os livros históricos e é constituído pelos seguintes livros: Jó, Salmos, Provérbios, Eclesiastes e Cantares de Salomão. Este grupo de livros do AT recebeu essa classificação (poéticos) porque, em sua estrutura textual, a poesia é predominante.

Divisão dos Livros Poéticos

·

· Salmos

· Provérbios

· Eclesiastes

· Cantares de Salomão

Livros Hisróricos

terça-feira, 29 de julho de 2008

2- Livros Históricos

O que são os Livros Históricos?

No arranjo do cânon cristão este é o nome dado à segunda divisão do Antigo Testamento, vindo logo após o Pentateuco (composto por Gênesis, Êxodo, Levítico, Números e Deteronômio). Esta maneira de se classificar estes livros parece olhar-lhes sob o prisma do tipo literário observado neles, o de narrativa histórica. Nesta divisão do AT encontramos a história de Israel e do judaísmo, desde a conquista da terra prometida até quase a época do Novo Testamento.

Do que tratam estes Livros?

Da história de Israel e do judaísmo, desde a conquista da terra prometida até quase a época do Novo Testamento.

Divisão dos Livros Históricos segundo o cânon cristão

ü Josué
ü Juízes
ü Rute
ü 1 Samuel
ü 2 Samuel
ü 1 Reis
ü 2 Reis
ü 1 Crônicas
ü 2 Crônicas
ü Esdras
ü Neemias
ü Éster

Livro de Josué

2.1- Livro de Josué

Apresenta Jesus Cristo como Capitão da Nossa Salvação

Considerações gerais

Josué é o primeiro dos 12 livros históricos. O livro é universalmente designado pelo nome do seu herói maior, que domina o cenário do começo ao fim do conteúdo. O nome original significa “Salvação de Iavé” ou “Iavé é Salvador”. Equivale ao nome “Jesus”, proveniente do grego (através do latim) que dependia do aramaico, que por sua vez dependia do hebraico. Tanto na Bíblia Hebraica como na Septuaginta o nome do livro é o mesmo, Josué. Neste livro se encontra a história da conquista da terra de Canaã por parte de Israel e a subseqüente divisão da terra entre as suas tribos.

Quanto a sua autoria

Em relação à autoria do Livro de Josué existem algumas suposições:

a) O autor de Josué é desconhecido. O texto no capitulo 24:26 diz: “Josué escreveu estas palavras no livro da lei de Deus”, o que na superfície poderia ser tomado como indicação do autor do livro todo. Torna-se claro, contudo, que a referência aponta para a aliança registrada no capitulo 24:2-25. Como é claro no caso do Pentateuco é também evidente que alguém registrava os acontecimentos principais da história de Israel enquanto aconteciam.

b) Tradicionalmente Josué tem sido tomado como o autor. As evidências dentro do próprio texto apontam para uma testemunha ocular de certa parte dos eventos registrados no livro:

- O uso da primeira pessoa no texto hebraico em 5:1 “... até que passássemos...” e 5:6 “... prometera a seus pais nos daria...”, embora no primeiro caso alguns manuscritos leiam “passassem”.

- O pronome “vosso” no capitulo 15:4 sugere escrito auto biográfico, pois o autor se apresenta como encarregado se dirigindo aos homens de Judá na segunda pessoa do plural.

- Referências à “grande Sidom” no capitulo 11:8 e 19:28 e aos fenícios pela designação “os sidônios” no capitulo 13:4-6 uma data anterior ao século XII a.C. quando Tiro tomou o lugar de Sidom como a cidade principal dos fenícios. Josué teria liderado na conquista em torno de 1280 ou 1240 a.C., um século antes da ascendência de Tiro.

c) Existem, por outro lado, referências textuais que sugerem uma data posterior ao período de Josué:

- O relato da sua morte no capitulo 24:29,30

- Eventos que aconteceram posteriormente à morte de Josué, como a conquista de Hebrom por Calebe: Josué ordenou que o lugar fosse dado a Calebe (segundo Js 15:13,14,), mas segundo Juízes capitulo 1:10 e 20 a tribo de Judá conquistou Hebrom dos cananeus e assim a família de Calebe tomou posse do lugar, no período após Josué. Parece que a linguagem de Josué 15:13,14 reflita um autor que olha para trás para registrar quando foi cumprida a ordem de Josué. A migração da tribo de Dã para Lesem bem ao norte de Canaã é mencionada em 19:47, mas o acontecimento deu-se no período de Juízes e é registrado em Jz 17:18.

- A expressão “até os dias de hoje” usada repetidamente no livro claramente indica um autor de uma época bem diferente do período do homem Josué. A frase é encontrada em Js 4:9;6:25; 7:26; 8:28; 9:27; 10:27; 13:13; 14:14; 15:63 e 16:10.

d) As evidências internas do texto inspirado apontam para a seguinte conclusão. Teria havido um autor das fontes básicas do livro, autor (ou autores) que era testemunha ocular dos eventos que descreveu. Este autor poderia ter sido o próprio Josué ou um sacerdote ou outro designado por Josué. O impulso atrás do esforço deveria ser atribuído à liderança de Josué, embora remonte ao exemplo e à ordem de Moisés. Também teria havido um autor, ou editor, de uma época posterior a Josué, no período do reino de Davi ou depois, que teria completado e atualizado o livro, levando-o à sua forma atual.

Seu tema

Não pode restar dúvida de que o tema do livro é “A conquista e a Divisão da Terra Prometida”. Ver Js 1:2; 12:7,24 e 13:7 como versículos chaves neste sentido. As ênfases no texto do livro que são percebidas por uma leitura do livro todo também levam à esta conclusão.

Seu objetivo

O objetivo do livro de Josué é de preservar a história da conquista de Canaã e a divisão da terra entre as tribos. A história revela a fidelidade do Senhor como um Deus observador da Aliança (Js 1:2-6). Demonstra também à posteridade de Israel a grande vitória que o povo pode alcançar se tão somente seguir a liderança teocrática, em vez de recorrer a força humana.

Ensinos do livro de Josué

1° Deus é fiel em cumprir as suas promessas (24.1-11).

2° As vitórias alcançadas na vida não são meros resultados do esforço humano (v.12).

3° Deus nos sustenta e nos farta de bens deste mundo (v.13).

4° Deus espera que o sirvamos com sinceridade (v.14-15).